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sexta-feira, 28 de maio de 2010

A Camisa da Seleção no Mundial de 1990

Aspectos que antecederam o Mundial

O Brasil voltaria a campo apenas em maio de 1987, sob o comando de Carlos Alberto Silva, para ser Campão da Taça Stanley Rous, alguns amistosos e para a Copa América, competição na qual terminou em 5.º lugar.

O Brasil já havia adotado definitivamente o escudo sem o “ramo de café” (patrocínio do IBC) para os anos seguintes, pela determinação da FIFA. O padrão da camisa continuaria o mesmo usado em 1986.
Como única diferença a Seleção usaria uma camisa com patrocínio estampado da Coca-Cola, em três amistosos naquele ano.

Em 1988, ainda sob o comando de Carlos Alberto Silva, seria Campeão do Torneio Bicentenário da Austrália (com o jovem Romário artilheiro da competição) e faria quatro amistosos (2 vitórias – Áustria e Bélgica; 2 empates – Noruega e Suécia). Com dois anos e a revelação de ótimos jogadores para a Seleção, Carlos Alberto Silva deixa o cargo de técnico.

Quem assumiu em 1989 foi o vitorioso técnico Sebastião Lazaroni, mas que era contestado por valorizar o futebol de resultados.
Ainda em 1989, a PepsiCo assina contrato de patrocínio, para o uso da marca Pepsi-Cola nos uniformes de treino.

Entre amistosos (8 vitórias, 3 empates, 2 derrotas), teria uma péssima participação no Torneio da Dinamarca (três derrotas), conquistaria a Copa América (realizada no Brasil, e com vitória na final contra o Uruguai, com um gol de Romário) e a classificação para o Mundial de 1990.

O que caracterizaria a Seleção naquele momento ficaria conhecido como “Era Dunga”: muita marcação, pouca criatividade, muito esforço, pouca imaginação.

A Camisa no Mundial de 1990

Antes de embarcar para mais um Mundial, uma derrota em Londres (Wembley) para a Inglaterra (1 a zero), uma vitória em Campinas (Brinco de Ouro) sobre a Bulgária e um empate de 3 gols com a Alemanha Oriental no Maracanã.

Nessas partidas, assim como nos jogos realizados naquele ano (1990) a Topper desenvolveria um modelo adaptado para a camisa utilizada desde 1986: um fechamento frontal para a gola, cobrindo o corte em “V” utilizado até então (uma tendência para os uniformes naquele período).

Figura: Seleção no Mundial de 1990

Em condição extra-campo, a Seleção apresentava diversos problemas. Mesmo o técnico ter “fechado com o grupo” desde o ano anterior, o ambiente era dividido (a melhor expressão seria “rachado”), com explícitas discussões sobre premiação mal conduzidas. Os jogadores chegaram a tirar fotos nas quais escondiam as marcas dos patrocinadores nas camisas de treino. Evidenciava-se a falta de comando à comissão técnica e era comum a circulação de empresários e parentes de jogadores no local escolhido pela CBF como concentração da equipe.


Realizado na Itália pela segunda vez, O Brasil seria sorteado para compor o Grupo C no Mundial de 1990, e enfrentaria a Costa Rica, Escócia e Suécia.

Essa primeira fase não foi fácil. Mesmo com vitórias sobre Suécia (2 a 1), Costa Rica (1 a 0) e Escócia (1 a 0), a equipe brasileira não convenceu.

Logo na fase seguinte, nas oitavas-de-final, contra a Argentina, a seleção faria a melhor partida. Com três bolas acertadas na trave adversária, acabou eliminada com uma jogada genial de Maradona, que driblou os principais marcadores e deixou Caniggia frente a frente com o goleiro Taffarel, marcando aos 35 minutos do segundo tempo.

Encerrava-se, assim, a passagem conturbada e contestada de Lazaroni na Seleção.

Time base para o Mundial de 1990: Taffarel (Internacional) no gol; Jorginho (Bayer Leverkusen-ALE), Ricardo Gomes (Benfica-POR), Mauro Galvão (Botafogo), Mozer (Olympique Marseille-FRA) e Branco (Porto-POR); Dunga (Fiorentina-ITA), Alemão (Napoli-ITA) e Valdo (Benfica-POR); Muller (Torino-ITA) e Careca (Napoli-ITA).


Fontes de pesquisa:

El Libro de Oro del Mundial – 1930 – 1998. Buenos Aires: Clarin, 1998.
GLANVILLE, Brian. O Brasil na Copa do Mundo. Porto Alegre: Editora Lux, 1973.
TODAS as Copas. Lance! – O diário dos Esportes, São Paulo, pp. 8-34, 1998.

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